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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

Imagem e biografia:   https://pt.wikipedia.org/

 

LA FONTAINE

( França )

 

Jean de La Fontaine (Château-Thierry, 8 de julho de 1621 — Paris, 13 de abril de 1695) foi um poeta e fabulista francês.

Era filho de um inspetor de águas e florestas, e nasceu na pequena localidade de Château-Thierry. Estudou teologia e direito em Paris, mas seu maior interesse sempre foi a literatura. Por desejo do pai, casou em 1647 com Marie Héricart. Embora o casamento nunca tenha sido feliz, o casal teve um filho, Charles. Em 1652, La Fontaine assumiu o cargo de seu pai, mas alguns anos depois colocou-se a serviço do ministro das finanças Nicolas Fouquet, mecenas de vários artistas, a quem dedicou uma coletânea de poemas. Escreveu o romance "Os Amores de Psique e Cupido" e tornou-se próximo dos escritores Molière e Racine. Com a queda do ministro Fouquet, La Fontaine tornou-se protegido da Duquesa de Bouillon e da Duquesa d'Orleans.

Em 1668 foram publicadas as primeiras fábulas, num volume intitulado "Fábulas Escolhidas". O livro era uma coletânea de 124 fábulas, dividida em seis partes. La Fontaine dedicou este livro ao filho do rei Luís XIV. As fábulas continham histórias de animais, magistralmente contadas, contendo um fundo moral. Escritas em linguagem simples e atraente, as fábulas de La Fontaine conquistaram imediatamente seus leitores. Em 1683 La Fontaine tornou-se membro da Academia Francesa, a cujas sessões passou a comparecer com assiduidade. Na famosa "Querela dos antigos e dos modernos", tomou partido dos poetas antigos. Várias novas edições das "Fábulas" foram publicadas em vida do autor. A cada nova edição, novas narrativas foram acrescentadas. Em 1692, La Fontaine, já doente, converteu-se ao catolicismo. A última edição de suas fábulas foi publicada em 1693. Antes de vir a ser fabulista, foi poeta, tentou ser teólogo. Além disso, também entrou para um seminário, mas aí perdeu o interesse.[1]

 

Está sepultado no cemitério Père-Lachaise, em Paris, ao lado do dramaturgo Molière.

Obras

A sua grande obra, “Fábulas”, escrita em três partes, no período de 1668 a 1694, seguiu o estilo do autor grego Esopo, o qual falava da vaidade, estupidez e agressividade humanas através de animais. La Fontaine é considerado o pai da fábula moderna. Sobre a natureza da fábula declarou: “É uma pintura em que podemos encontrar nosso próprio retrato”. Algumas fábulas escritas e reescritas por ele são A Lebre e a Tartaruga, O Homem, A Cegonha e a Raposa, O Menino e a Mula, O Leão e o Rato, O Carvalho e o Caniço, a Raposa e a Uva

 

POESIA ERÓTICA EM TRADUÇÃO.  Seleção e tradução José Paulo Paes.     São Paulo:  Círculo do Livro:  s. d.    170 p.   capa dura  
16 x 23, 5 cm.                                         
Ex. bibl. Antonio Miranda

  

EPIGRAMME

Aimons, foutons, ce sont plaisirs
Qu´il ne faut que l´on separe;
La jouissance et les désirs
Sont ce que l ´âme a de plus rare.
D´un vit, d´un con, et de deux coeurs,
Naît un accord plein de douceurs,
Que les dévôts blâment sans cause.
Amarillis, pensez-y bien:
Amarillis, pensez-y-bien:
Aimer sans foutre est peu de chose
Foutre sans aimer ce n´est rien.

 

             EPIGRAMA

Amar, foder: uma união
De prazeres que não separo.
A volúpia e os desejos são
O que a alma possui de mais raro.
Caralho, cona e corações
               Juntam-se em doces efusões
Que os crentes censuram, os loucos.
Reflete nisto, oh minha amada:
Amar sem foder é bem pouco,
Foder sem amar não é nada.

 

[ Poesia erótica ]

 

FRÓES, Heitor P.  Meus poemas dos Outros. Traduções e versões.  Bahia, 1952.  312 p.          Ex. bibl. Antonio Miranda

 

LA CIGALE ET LA FOURMI

La cigale ayant chanté
Tout l´été,
Se trouva fort dépourvue
Quand le bise fut venue:
Pas um sent petit mourceau,
De mouche et de vermisseau"
Elle alla crier femine
Chez la fourmi, as voisine,
La priant de lui prêter
Quelque grain pour subsister
Jusqu´àla saison nouvelle:
"Je vou paîrai, lui dit-elle,
Avantg l´août, foi d´animal,
Interêt et principal."
La fourmi n´est pas préteuse;
C´est là son moindre défaut.
"Que faissie-vous au temps chaud?"
Dits-elle à cetta emprunteuse.
— "Nuit e jour, à tout venant
Je chantais, ne vous déplaise,"
Je chantais, ne vou déplaise."
— "Vouss chantiez! J`en suis fort aise.
Eh bien, dansez maintenant.!"

 

TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução de HEITOR P. FRÓES

 

 A CIGARRA E A FORMIGA

A cigarra viera, imprevidente,
A cantar, a cantar durante o estio...
E quando veio o inverno e veio o frio
Achou-se na miséria de repente.

Em casa já não há uma migalha;
E pensando na fome, com pavor,
Valeu-se da formiga: —"Por favor
Suplico-lhe, vizinha, que me valha!"

Concede-me um empréstimo... Afinal
Você tem sempre mais que toda gente,
E eu hei de lhe pagar pontualmente,
Antes de agosto, juro e capital"...

A formiga não gosta de emprestar
(Defeito perdoável): "Com que então",
Da pedinte indagou: "pelo verão
Que fazia você? Queira explicar..."


— "A quem por mim passava, a qualquer hora,
Desde o nascer do sol ao fim do dia,
Eu cantava". — "Cantava?! Que vadia!...
E por que é que você não dança, agora?

 

*

Página ampliada em junho de 2022

 

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Página publicada em maio de 2022


 

 

 
 
 
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